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Lula admite aliança com PMDB de Temer e deixa de lado discurso de “Golpe”

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O ex-presidente Lula (PT) admitiu nesta quarta-feira (21) em Belo Horizonte que seu partido pode firmar alianças estaduais com o PMDB nas eleições 2018. Lula está na capital mineira para um evento de comemoração dos 38 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores.

Desconstruindo o discurso de que ‘houve um golpe’ do PMDB, Lula disparou: “Não existe essa de PMDB nunca mais, isso é bobagem. O PMDB em Minas Gerais é sustentáculo do governo do petista Fernando Pimentel”, avaliou o ex-presidente. Lula também criticou quem diz que nunca irá abandonar seus princípios em função da construção de um projeto eleitoral viável. “Tenho que construir uma aliança que me permita fazer isso melhorar a vida do povo, senão serei o melhor candidato do mundo e não ganharei as eleições.”

Em que pese o PMDB de Goiás ter votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma e favor de reformas amplamente combatidas pelo PT, como a trabalhista, o ex-presidente Lula afirmou em entrevista à rádio 730 AM que existe a possibilidade de construir uma aliança com os peemedebistas em Goiás com vistas a 2018.

Lula ressaltou que tem bom relacionamento com o ex-governador Maguito Vilela, cujo filho, Daniel, é pré-candidato a governador. Vale lembrar que Daniel foi o relator das mudanças na CLT – que foram tão criticadas por deputados e senadores petistas.

“Você precisa fazer alianças para governar. Um candidato como eu precisa menos fazer alianças para ganhar as eleições do que para governar. Quando você ganha você precisa de maioria no Congresso e você vai ter que conversar com quem existe (partidos). Se alguém disser que vai governar o Brasil sem fazer nenhuma aliança política, estará mentindo antecipadamente”, afirma.

A possibilidade de aliança com o PMDB em Goiás divide os petistas goianos. De um lado, estão políticos como o vereador Antonio Gomide, de Anápolis, que defende jogar as divergências na lata de lixo e construir um acordo para o ano que vem. Do outro estão o deputado federal Rubens Otoni e líderes que, a exemplo dele, consideram incoerência imperdoável juntar-se àqueles que cassaram o mandato de Dilma em Brasília.

Questionado sobre a expectativa que tem quanto aos recursos apresentados por sua defesa no Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF4) e no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar postergar a execução de sua prisão, Lula se disse “tranquilo” e que não começou a discutir “plano B ou C” porque acredita em sua absolvição e que será o próximo presidente do Brasil mesmo condenado pela Justiça.

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