• qua. out 30th, 2024

SURGIMENTO DA GALERIA BRASILIANA

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O surgimento da Galeria Brasiliana foi consequência de uma jornada pessoal do pesquisador

e marchand Roberto Rugiero pelo mercado da arte, iniciada nos anos 70.

A Galeria Brasiliana entende a arte popular como sendo sofisticada, elegante e de grande valor.

Sobre a Galeria Brasiliana

A Galeria Brasiliana é resultado da atuação pessoal do pesquisador e marchand Roberto Rugiero, iniciada profissionalmente em 1971, data em que começou a assessorar o galerista Franco Terranova, com sua pioneira Petite Galerie, no Rio de Janeiro, importante baluarte da arte contemporânea cujas portas se abriram em 1951. Posteriormente esteve ligado por 2 anos ao marchand Ralph Camargo, que realizava em São Paulo um trabalho com artistas de vanguarda de todo o Brasil. Realizando em 1973 uma pesquisa com a finalidade de recolocar no mercado artistas que por várias razões tinham uma obra relevante, porém estavam temporariamente esquecidos, Rugiero estabeleceu contato com artistas Espontâneos, no decorrer desse levantamento, resultando daí um grande interesse por esse tipo de obra, que não era até então comercializada por nenhum marchand no Brasil, de forma programática, embora artistas como Heitor dos Prazeres, José Antonio da Silva, Chico da Silva e Agostinho Batista de Freitas já tivessem participado das bienais de Paris, Veneza, Lagos e São Paulo.

Em um momento onde no mundo todo se valoriza as raízes (históricas e familiares) o acervo artístico brasileiro provoca grande interesse, dentro e fora do país, por ser ainda pouco conhecido . “É uma arte que todos entendem, lúdica, alegre, cheia de espiritualidade e que ainda custa pouco e tende a ser muito valorizada no futuro. No entanto, nenhuma arte representa melhor a identidade de um país do que a arte espontânea. Como diz o crítico argentino Adolfo Colombres, a arte espontânea é, ou deveria ser, a arte nacional de todos os países”, enfatiza Rugiero.

Ao dedicar-se à tarefa de procurar por novos artistas trajetória que o levou anos mais tarde a fundar a Galeria Brasiliana, descobriu dezenas de talentosos escultores, ceramistas, pintores, desenhistas e artesãos-artistas.  Deu-lhes suporte, introduzindo-os no mercado e promoveu suas carreiras, incorporando-os ao acervo da Galeria Brasiliana.

“No Brasil o papel de descobrir talentos nas artes cabe muitas vezes ao marchand. O marchand age como um curador, principalmente porque existem pouquíssimos curadores e críticos que se dediquem à arte espontânea, paradoxalmente, num país que tem uma das mais diversificadas e ricas expressões populares em todo o mundo. O marchand acaba suprindo essa deficiência e aprende a identificar os verdadeiros valores e os que estão surgindo, ainda em processo de amadurecimento, exatamente como fizeram grandes marchands como Drurand Bruel com os impressionsitas, Ambroise Vollard com os grandes mestres modernos, Daniel-Henri Kahnweiller com os cubistas, Leo Castelli e outros. É esse profissional quem percebe a existência de um movimento artístico, de um grande talento, e o traz à tona”, lembra Rugiero.

A Galeria Brasiliana foi formando ao longo de mais de 40 anos uma abrangente coleção de mais de 50 artistas de primeiro nível, e é uma referencia no setor, provavelmente a mais significativa do Brasil e uma referência internacional. Trata-se de um acervo dinâmico, permanentemente acrescido por novos talentos, num trabalho incessante de pesquisa, reconhecimento e promoção do que existe de melhor na Arte Popular Brasileira.

Os artistas são em sua maioria exclusivos e escolhidos através de um trabalho de campo que inclui viagens constantes e contatos com os principais pontos do país onde ocorre a arte popular.

A Galeria Brasiliana está sediada em São Paulo, em sede própria, no bairro de Perdizes Dirigida por Roberto e Fedra de Faria.

Realiza exposições individuais e temáticas em seu espaço e em espaços em cidades de outros Estados, como Belo Horizonte (Minas Gerais), Curitiba (Paraná). Entre seus clientes contam-se alguns dos mais importantes colecionadores brasileiros, como João Mauricio de Araújo Pinho, Ladi Biezus, Graziela Lafer, Alfio Lagnado, Carmo Sodré, Dietz Martin, Arnaldo Jabor, etc.